SINPOF MS - Sindicatos dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul

A perita criminal de Mato Grosso do Sul Priscila Tognetti de Lima, lotada no Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (Ialf), representou a Perícia Oficial do Estado em curso para garantir o melhor desempenho da Rede de Banco de Perfis Genéticos (RIBPG) no sistema local. Ao todo, 28 peritos criminais de cada uma das unidades federativas do Brasil e do Distrito Federal realizaram a capacitação promovida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Nesse treinamento, os peritos que atuam na genética forense em laboratórios de DNA Forense desenvolveram habilidades no “Curso de Formação de Gestor da Qualidade e Novos Requisitos para Auditorias”. O treinamento, realizado em agosto deste ano, teve duração de 10 dias e foi realizado pelo núcleo da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).

"O curso foi feito para capacitar os peritos dos estados para atuarem dentro dos laboratórios. Tivemos aula sobre qualidade, porque um dos requisitos legais é o laboratório ter um gestor de qualidade, que no caso será o perito que realizou a capacitação. Foram abordados também detalhes sobre novos requisitos da resolução governamental publicada neste ano para que os laboratórios se enquadrem. A Senasp faz uma auditoria a cada dois anos e receberemos a visita deles ano que vem", explica a perita Priscila Tognetti.

As palestras foram ministradas por especialistas em genética, biossegurança e gestão de qualidade com atuação no Brasil. A coordenação do curso foi da perita oficial do Núcleo de Perícia em DNA Forense do Ceará, Samyra Brasil.

Nessa lista de palestrantes estão Maria Helena, que possui 20 anos de experiência em acreditação de laboratórios, MBA em Gestão Institucional, especialização em Gestão de Pessoas e Biossegurança em Laboratórios; Kátia Michelin, que é perita criminal federal desde 2002 e em Genética Forense desde 2006, atuou na implantação do Sistema de Gestão da Qualidade dos Laboratórios Forenses do Instituto Nacional de Criminalística (INC) tendo exercido a função de Gerente da Qualidade da Diretoria Técnico Científica da Polícia Federal (PF); e Neide Godinho, perita criminal aposentada do Instituto de Criminalística Leonardo Rodrigues, tem experiência na área de Genética, com ênfase em genética humana, atuando principalmente nos seguintes temas: genética de populações humanas, DNA forense e criminalística. Foi responsável pela implantação do Sistema de Gestão da Qualidade no Laboratório de Genética Forense do Estado de Goiás.

Os bancos e laboratórios que integram essa ferramenta tecnológica de combate ao crime precisam ser submetidos a auditorias para garantir o melhor funcionamento. A partir de dados cadastrados, as polícias têm capacidade de identificar e obter acesso a vários detalhes de criminosos condenados. 

Mato Grosso do Sul está interligado à Rede de Banco de Perfis Genéticos e fornece dados de condenados. O laboratório do Ialf tem acreditação internacional sobre trabalho de identificação de DNA. A certificação é feita pelo Grupo Iberoamericano de Trabajo em Análisis de DNA (Gitad), vinculado à Universidade de Granada (Espanha), com reconhecimento mundial. Essa instituição tem entre seus membros 18 países, sendo dois da Europa (Espanha e Portugal) e os demais da América do Sul e América Central. O Ialf passou a ser submetido ao trabalho do Gitad em 2009.

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