A Perícia
Oficial de Mato Grosso do Sul desenvolveu um simulado de acidente com produto
perigoso com outras 15 instituições que atuam no trânsito e no resgate na
BR-163, km 466, no município de Campo Grande. A atividade ocorreu durante toda
a manhã de sexta-feira e serviu para aprimorar técnicos no atendimento de uma
ocorrência de grande vulto, quando diferentes forças de segurança e entidade
precisam atuam em conjunto.
Para o
treinamento, foi montada uma estrutura grande. Havia dois veículos de passeio e
um caminhão tanque carregado com gasolina e diesel. Na simulação, um dos
veículos invadiu a pista contrária e bateu no caminhão, que tombou e derramou
os combustíveis. O segundo carro tentou desviar e tombou, saindo da pista. O
caminhão estava carregado com água para simular os combustíveis.
Oito
pessoas encenaram as vítimas. Uma ficou ilesa, duas com ferimentos leves, uma
moderada, outras duas em estado grave e dois óbitos. Voluntários e artistas da
Cruz Vermelha de Mato Grosso do Sul auxiliaram na encenação. Um helicóptero da Polícia
Rodoviária Federal de Mato Grosso do Sul foi utilizado para transporte das
vítimas.
As equipes de atendimento, como os peritos criminais, foram acionados sem saber que se tratava de uma simulação. A medida foi tomada para que fosse analisado o tempo de resposta. “Um trabalho como esse contribui para aprimorar o autocontrole dos peritos, porque é uma situação de pressão psicológica”, detalha o diretor do Instituto de Criminalística de Mato Grosso do Sul (IC/MS), Émerson Lopes dos Reis.
Trabalharam no simulado de acidente os peritos criminais plantonistas Marcos das Virgens e Rômulo Duarte, com apoio do também perito criminal Émerson Lopes dos Reis. “O trabalho
técnico pericial é o que vai dizer o que realmente aconteceu. Mas nem sempre
isso é fácil. Existe o cálculo de velocidade dos veículos, análise técnica. Vamos
buscar marcas de frenagem, analisar as
avarias nos veículos, há também o levantamento para tentar entender o porquê o
acidente aconteceu”, pontua o diretor do IC.
“A perícia
é a última a ser acionada, para trabalhar com os vestígios. Quanto mais cedo ela
chega, é mais rápida a liberação do local e isso auxilia a dar um certo
conforto a familiares de vítimas. No caso de um acidente como esse, o fluxo
acaba travado para haver espaço de trabalho dos peritos. É por isso que
precisamos analisar o tempo de acionamento e resposta da perícia”, ressalta
Émerson Lopes.
O simulado envolveu equipes do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) da CCR MSVia, Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Cruz Vermelha de Mato Grosso do Sul, Polícia Rodoviária Federal (PRF/MS), Polícia Militar Rodoviária de Mato Grosso do Sul (PMMS), Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul (PMA/MS), Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), Coordenadoria Geral de Perícias, Defesa Civil Estadual, Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Energisa. A transportadora Kátia Locatelli também foi parceira, cedendo o caminhão para o cenário.
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